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Cosmologia é o universo de conhecimento, disponível para cada ser que busca compreender os mistérios da vida. De onde viemos? Por que? Para que? Perguntas que nos fazem volver os olhos para o céu e contemplar os ensinamentos dos nossos antepassados. E, ainda, temos a dádiva de poder experimentar, encontrar o verdadeiro sentido da existência por nós mesmos, através das nossas próprias vivências.

Sobre este espaço:

Compartilho aqui conhecimentos de Cosmologia Energética, pensamentos, sentimentos e experiências decorrentes de minha autopesquisa e meu caminhar pela vida.

Investigo a hipótese de que, ao expressá-los a você e a mim mesma, provoco uma dinamização dos elementos os quais, estagnados no modo de ver humano, representam passado, presente e futuro.

Colocando-os em conexões diversas, interagindo com outras consciências, outros corações, podem fluir dentro do movimento cósmico nas multidimensões, rumo ao absoluto.


quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

A MORTE DO XAMÃ


Impassível,
Pacientemente,
A aranha tece sua teia prateada.
A mosca, que penetra no mosaico, é o alimento...
A aranha se farta,
A mosca e a aranha cumprem os seus desígnios.

A outra mágica teia, que une
a aranha,
a teia, 
a mosca,
Une-nos a essa dança.
Apoiados na teia,
nos fartamos,
servimos de alimento
E assim cumprimos os nossos desígnios...

Ela não compreendia bem a importância dos ritos. Ninguém lhe explicara. Talvez porque tenha perguntado a quem tampouco sabia, ou não tinha tempo.

A cerimônia se alongava ao infinito. A imagem que gravou foi do monge indo e voltando a um ponto do altar, ora colocando, ora tirando seu chinelo de seda, sempre dispondo-o simétrica e cuidadosamente. Desde então, quase sempre, ao colocar e tirar seu próprio calçado, ela se lembra e, reverente, o imita.

Talvez para cada um, naquele templo, houvesse um significado diferente agregado à finalidade primordial, de marcar os 49 dias da morte de seu pai. A heterogeneidade interna desse grupo familiar contradiz, silenciosamente, as aparências.

Não era estranho para ela velar pensamentos, sentimentos. Assim deveria ser. Como um pacto, ou valendo-se dele para manter uma suposta harmonia. Já percebera a máscara a despeito da qual, em sua trajetória, vomitara rebeldia com violência.

Tenta desvencilhar-se. Da máscara e da rebeldia que passara a integra-la.



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