Em montanhas de Minas, crianças brincam com saquinhos plásticos. Poder ou não comprar uma pipa parece ser indiferente. Algumas amarram um barbante numa das pontas, para um vôo curto, mas preferem solta-los ao sabor do vento...
Os meninos riem, pulam, gritam, observando o brinquedo improvisado girar como louco, esbarrar nos pés dos passantes, nas árvores, se perder da vista. Nessa diversão genuína, iluminam todo o vale com sua alegria.
No mundo dos adultos, "pipa sem linha" não é assim, tão divertido e luminoso. Trata-se de uma expressão popular, usada para criticar alguém que diz ou faz algo aparentemente sem base ou consequência, fadado ao insucesso.
Energias em grau Zero são como essas pipas.
Poucos conseguem encontrar sua razão de ser, já que não têm uma razão facilmente explicável num mundo construído para funcionar como uma máquina de produzir resultados concretos, palpáveis. Os que se preocupam, ou os responsáveis pelos empreendimentos, tentam, em vão, encontrar uma linha que as ate ao modo de vida que consideram válido.
As energias em grau Zero estão em seu estado puro, na Cozinha Cósmica, como define a Cosmologia Energética. Podem estar em algum ponto do cosmos, numa planta, num animal, num mineral, num corpo humano, sem pendências, ou obrigações.
Como encontrar um motivo para estar, sem pendências ou obrigações? É este o desafio.
Talvez, a tirar pelos ensinamentos das crianças, existam para ilustrar mais um ponto misterioso do Tudo. Uma pausa para a razão, uma pausa para a ação. Um momento para simplesmente estar, simplesmente ser.
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