O estudo das energias existe desde tempos imemoriais entre os povos antigos. Juan Uviedo, quando
esteve com os índios Jívaros, na Guatemala, trouxe este conhecimento. Os índios
não utilizavam a matemática como nós. Os povos antigos obtinham informações
diretamente da natureza através dos xamãs, ou sacerdotes, enfim, pessoa com
intuição, ou talvez possamos dizer para-psiquismo mais desenvolvido.
Quando conheci Juan, em 1989,
o formato do mapa cosmológico era diferente (veja Figura acima). Utilizava-se 4 triângulos, um para
cada entrada energética e uma barra retangular lateral, que indicava o filtro da energia mais
importante, a atômica, ou seja, para onde essa energia se direcionava. Era uma forma de perceber o movimento. Neste tempo, já se calculava as posições
dos planetas, da mesma forma que fazemos hoje, e a tabela era baseada no ciclo
solar, ou seja, considerava-se o mês de 30 dias.
Quem conheceu Juan, pode testemunhar
sua lucidez estonteante. Vinha sempre com novidades, cada vez mais
esclarecedoras e exatas. Dizia que recebia essas informações dos Seres mais
Altos. Por sonho, telepaticamente, não sabíamos ao certo. Tudo parecia possível
e o importante era que fazia sentido.
Essas informações eram
colocadas e estudadas no grupo pequeno de astrólogos que formávamos. Isto na
cidade de São Thomé das Letras, a mais de 1.400 m de altitude, ao sul de Minas
Gerais.
Mas ele viajava sempre por
outras cidades e países, onde mantinha outros grupos. Sei que havia astrônomos,
engenheiros, gente de diferentes áreas que aplicavam o conhecimento. Através
dos resultados das experiências, cada um podia colocar sua contribuição e esta
era acatada por alguns grupos, ou por todos. Cada um de acordo com seu jeito de
lidar com o saber.
Periodicamente, nos reuníamos
para acertar, realizar as atualizações.
Em 1993, passamos a utilizar
o ciclo lunar de cerca de 28 dias, mais de acordo, já que a carta em questão
considera o tempo de gestação.
Em Varginha-MG, havia o
Núcleo de Pesquisa Cosmovisão, do qual Max Tovar fazia parte. Juan e ela tinham
algumas divergências porque Max utilizava essencialmente a Astrologia antes de
conhecer a Cosmologia. E Juan discordava de algumas referências astrológicas.
Dizia ele: a cosmologia mostra o que É.
A astrologia mostra o que DEVE SER,
é uma visão terráquea, já que considera um céu que é visto só daqui.
Nesse tempo, Max Tovar recebeu
a visão do desenho atual do mapa, ilustrando o cérebro, que foi aprovado por
Juan, pois permite uma interpretação bastante completa e que tem se mostrado
exata a cada mapa que é feito. A partir de então, este estudo recebeu a denominação atual: Cosmologia Energética, substituindo o conceito anterior, Cosmologia Xamânica.
Em aproximadamente 2002, Juan
começou a ensinar o cálculo através dos climas, que nem todos adotam, pois é
bastante complexo e traz variações.
Mas o aperfeiçoamento e a
pesquisa constantes são essenciais.
Com o avanço da tecnologia, sonho
com a possibilidade de montar um programa que permita visualizar o mapa em 3
dimensões, ou mais, revelando os movimentos que fazem as energias, determinando
nosso comportamento.
Este
é um conhecimento que
permite a experimentação e, o fundamental, é a relação entre quem faz o
mapa e o solicitante. Ambos sentem quando a relação é transformadora. A
tarefa da interpretação somente faz sentido quando surge aquela certeza
no coração, que nos permite uma conexão com o universo.
Por isso, a intuição é essencial neste estudo. É um conhecimento Prata,
relacionado a Netuno. Como poderia ser isento de sua principal qualidade? Definição do Juan sobre
Intuição:
manifesta-se
a serviço de muita gente; ocorre só quando se tem devoção. Vem via cérebro –
sabe os pormenores de como deve agir.
Para Juan, São Thomé das
Letras era a menina dos olhos e havia muito mais coisas agregadas a este
estudo. Especialmente ideais, baseados neste estudo mesmo, que procurávamos
praticar, atrelados a uma compreensão muito ampla do universo.
Embora ele viajasse sempre,
porque trabalhava para trazer recursos para o Projeto Social que
desenvolvíamos, lá era onde ele mais gostava de ficar e onde recebíamos as
informações em primeira mão.
Por beber da fonte, tentamos
ser fiéis à origem, ao conhecimento puro, conforme foi passado, ainda que cada
um desenvolva particularidades na interpretação, de acordo com a própria
experiência, em grupos existentes em diversas regiões do planeta.
Cito isto como uma introdução
para dizer que uma das coisas fundamentais em que acreditamos é que ninguém é
dono de nada. Não é dono do conhecimento, não é dono nem das terras que compra.
Estamos aqui de passagem, apenas tomamos emprestado, inclusive o corpo.
A sabedoria do universo está
disponível a todos, para quem consegue alcançar. Por isso, falo com a maior
convicção, Juan não se auto intitularia criador desse conhecimento. Mesmo
porque, não foi ele quem criou. Para fazer justiça, teríamos que citar
inumeráveis sábios, ou, para usar apenas
uma palavra, Deus.
Uma expressão comum entre nós
era e é “fazer algo em prata”, ou seja, ser invisível, trabalhar para o
universo sem fazer alarde, conforme o abnegado PRATA (Peixes).
Algumas pessoas necessitam
mostrar-se poderosas, já que dependem disso para seguir seus objetivos. Por
isso, seguramente, iremos encontrar donos de ideias e conhecimentos por aí. Está tudo certo!
Cada um em seu tempo e espaço.
"Antes do círculo, vem o triângulo e antes do triângulo, o ponto. Seja o triângulo perfeito e não o quadrado." (frase do Juan lembrada por Timberê).