Pode o que é sagrado deixar de sê-lo?
Levada pelo vento, ela oscila entre crenças e descrenças, seguindo o caminho tortuoso que provoca, de quando em quando, náuseas, males de mar.
Trocando fases, como uma lua, sente devoção pelo ar que respira, por cada manifestação de vida, crescendo e decrescendo.
Há momentos em que tudo é escuridão. Mergulha, tentando quitar o que a mantém viva.
Em outros, deixa-se invadir pela luz, que se expande através dos seus olhos fechados. De tão plena, sequer distingue as formas das coisas.
Ouve, ao longe tão perto, vozes além da fala:
"O Atman consiste do espírito, cuja encarnação é vida, cuja forma é luz, cuja essência é espaço, que muda sua forma à vontade, rápido como pensamento." Sukla Yajur Veda
"O açúcar é doce o tempo todo, mesmo no escuro. Assim, permanece a devoção para os devotos, em tempos de conforto ou desconforto, elogios ou insultos, escuridão ou iluminação." Pramukhswami Maharaj
Soam como música, células e cores dançam.
No corpo imóvel, lábios se estendem fazendo surgir maçãs.
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