A Igreja diz: O corpo é uma culpa.
A ciência diz: O corpo é uma máquina.
A publicidade diz: O corpo é um negócio.
O corpo diz: Eu sou uma festa.
Eduardo Galeano
Abro-me a pensar no que tem viajado comigo pelas estrelas.
Apresenta-se, de pronto, o EGO. Tomando formas voláteis, começam a dançar em minha mente suas implicações em meu trajeto, contrapondo ou encontrando essas coisas de alma e espírito.
Repentinamente, no centro do palco, surge um corpo. Solitário, mudo, impõe sua presença por tempo de persistência infinita, propondo um monólogo. Ele, como protagonista.
Mas como? - interpõe o EGO. O corpo é apenas o peão do tablado, o dedo mindinho...
Diante do cenário que se abre em seguida, rompendo a pintura morta de céu, cala-se, estupefato. Miríades de luzes vivas, móveis, pulsantes, piscam, enquanto o CORPO desfila magistralmente todos os figurinos e scripts preparados por ele, o EGO.
A massificação inicial, a construção das armaduras... Para uns, o escudo é externo. Para outros, o escudo é o próprio corpo. A saúde, a doença, a maldade, a bondade, tudo está fora. Tudo está dentro.
Apresenta-se, de pronto, o EGO. Tomando formas voláteis, começam a dançar em minha mente suas implicações em meu trajeto, contrapondo ou encontrando essas coisas de alma e espírito.
Repentinamente, no centro do palco, surge um corpo. Solitário, mudo, impõe sua presença por tempo de persistência infinita, propondo um monólogo. Ele, como protagonista.
Mas como? - interpõe o EGO. O corpo é apenas o peão do tablado, o dedo mindinho...
Diante do cenário que se abre em seguida, rompendo a pintura morta de céu, cala-se, estupefato. Miríades de luzes vivas, móveis, pulsantes, piscam, enquanto o CORPO desfila magistralmente todos os figurinos e scripts preparados por ele, o EGO.
A massificação inicial, a construção das armaduras... Para uns, o escudo é externo. Para outros, o escudo é o próprio corpo. A saúde, a doença, a maldade, a bondade, tudo está fora. Tudo está dentro.
Ambos, EGO e CORPO, se lembram da comemoração pela conquista com louros e do exato momento do toque sutil sobre a pele, por instantes desarmada.
Sentem ainda as reações difusas e intensas do novo ser que emerge, a partir de então, rumo a um novo objetivo: a busca da sensação provocada por aquele toque. Estruturas, idéias, conceitos, julgamentos antes criados ruindo, dissipando-se como ecos ao vento.
Anseios sutis esperados revelando-se desejos concretos. Desejos realizados isentos dos prazeres sutis buscados. As histórias ficam tatuadas como pinturas, cicatrizes, bálsamos. Mostram o que fizemos, o que deixamos de fazer. O que amamos, o que deixamos de amar.
Mesmo frio, acondicionado em uma caixa, o CORPO conserva, aplica sua capacidade de transformação, interna e externa. Os anjos podem ver e ouvir, ao seu redor, os murmúrios da alma molhando, rasgando, dissolvendo velhas imagens do ego.
Quantas lições proporcionam esta eterna morada efêmera, símbolo do tempo e das mutações!
Num lapso de tempo, a respiração pára. As luzes se apagam.
O EGO se inclina, em reverência.
A alma e os anjos acompanham.
Sentem ainda as reações difusas e intensas do novo ser que emerge, a partir de então, rumo a um novo objetivo: a busca da sensação provocada por aquele toque. Estruturas, idéias, conceitos, julgamentos antes criados ruindo, dissipando-se como ecos ao vento.
Anseios sutis esperados revelando-se desejos concretos. Desejos realizados isentos dos prazeres sutis buscados. As histórias ficam tatuadas como pinturas, cicatrizes, bálsamos. Mostram o que fizemos, o que deixamos de fazer. O que amamos, o que deixamos de amar.
Mesmo frio, acondicionado em uma caixa, o CORPO conserva, aplica sua capacidade de transformação, interna e externa. Os anjos podem ver e ouvir, ao seu redor, os murmúrios da alma molhando, rasgando, dissolvendo velhas imagens do ego.
Quantas lições proporcionam esta eterna morada efêmera, símbolo do tempo e das mutações!
Num lapso de tempo, a respiração pára. As luzes se apagam.
O EGO se inclina, em reverência.
A alma e os anjos acompanham.
Que maravilha, Rose!
ResponderExcluirGrata, também por isso!
Com carinho e admiração,Be
Eu é que agradeço sua presença sempre carinhosa.
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