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terça-feira, 14 de agosto de 2012

Maior imagem já feita do Universo agora é 3D


Ilustração do conceito usado pelos astrônomos, chamado oscilações acústicas bariônicas, que estariam impressas no Universo primordial e que ainda podem ser detectadas hoje. [Imagem: Chris Blake /Sam Moorfield/SDSIII]

Distância e tempo

Astrônomos construíram o maior mapa 3D do Universo, incluindo galáxias e buracos negros distantes.
Como os astrônomos equivalem a distância dos objetos celestes em relação à Terra - medida em anos-luz - à sua idade desde o Big Bang - medida em anos -, o mapa representaria então a história dos últimos 7 bilhões de anos do Universo, segundo o entendimento atual da cosmologia.
Em Janeiro do ano passado, a equipe do projeto SDSS (Sloan Digital Sky Survey) havia liberado a maior imagem já feita do Universo.
Agora eles divulgaram a nona versão do seu trabalho (Data Release 9), já com a primeira etapa da expansão do mapa para sua planejada forma 3D final.
O mapa 3D do Universo contém 1,5 milhão de galáxias massivas e 160.000 quasares - ou buracos negros.
O mapeamento mais geral já inclui 200 milhões de galáxias e o espectro de 1,35 milhão de galáxias - o espectro mostra toda a luz que a galáxia emite em diversos comprimentos de onda.
Mistério escuro
Rastreando a história rumo ao passado, os astrônomos esperam obter melhores estimativas do percentual da matéria escura e energia escura que compõem o Universo.
Matéria escura é uma matéria que não conseguimos detectar, mas cujos efeitos gravitacionais podem ser medidos. E energia escura é uma força hipotética que acelera a expansão do Universo.
"A matéria escura e a energia escura são dois dos maiores mistérios do nosso tempo," disse David Schlegel, membro da equipe SDSS. "Nós esperamos que nosso novo mapa do Universo possa ajudar alguém a resolver o mistério."
Hoje estima-se que ambas formem 96% de tudo o que existe no Universo. A nossa matéria tradicional - das estrelas, planetas, pessoas e etc. - compõem os 4% restantes, mas os astrônomos só conseguiram mapear até agora cerca de metade dessa chamada matéria bariônica.
"É importante destacar que estamos participando ativamente de um projeto que será fundamental para toda a astronomia que virá depois dele," disse Luiz Nicolaci da Costa, coordenador da participação brasileira no projeto.

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