Meu mestre nas artes orientais do Tai-Chi-Chuan e do I Ching foi Roque Enrique Severino, que desvendou para mim coisas que não compreendia ao ler os livros escritos por europeus que traduzem autores chineses ou indianos.
Intimamente, estranhava a forma como o conhecimento se espalha pelo universo, afinal, persistiam em mim muitas idéias organizadas em suas devidas caixas, como aprendera que deveria ser. Restrito a uma elite. E me faltava pesquisar mais sobre o assunto, procurar as conexões e evidências.
Professor Roque ensinou que, de acordo com o conhecimento tibetano, a personalidade, de forma geral, se desintegra quando morremos, sendo rara a existência de um reencarnado, que recorda de todas as suas vidas.
Quando conheci a Cosmologia Energética, fez sentido a premissa de que as energias viajam pelo Cosmos, encontrando-se e separando-se em um movimento infinito. Cada energia carrega sua história e se junta a outras num determinado momento único, formando seres (para formar o homem, são doze). Este estudo também concorda que a unidade se desintegra, saindo do corpo com a cor do centro umbilical como filtro.
Entendi que apenas através da consciência as energias podem continuar juntas e manter a memória. Um reencarnado, portanto, tem uma consciência altamente desenvolvida. E, se assim é, existe a possibilidade, ainda que remota, de se atingir uma consciência superior.
Através dos estudos da Conscienciologia, constatei que, quando se prioriza a evolução, caminha-se para a frente numa dimensão, e, em outra, no sentido inverso, resgatando lembranças, acertando dívidas e pendências deixadas no trajeto. Realiza-se a assistência àqueles que necessitam, através do auto e hétero esclarecimento, cada qual atuando de acordo com suas sinaléticas específicas.
As lembranças, esparsas, começam a tomar forma dentro do espaço e do tempo, enquanto prossigo na minha autopesquisa, abrindo-se num mosaico cada vez mais amplo.
Minha mãe conta que nasci com os cabelos vermelhos, fato que alimentava minha fantasia e explicava a sensação de ser uma estranha, de não gostar do que via ao olhar-me no espelho, ou ao relacionar-me, raramente, com outras pessoas. Sentia um certo receio, como se tivesse consciência apenas de linguagens e posturas pertinentes a alguma outra cultura bem diversa.
Aos 9 anos, escrevi sobre os sentimentos de uma menina negra, diante do preconceito. Perdera tanto tempo nos umbrais da escravidão! Não havia como alcançar os demais, tão grande a defasagem.
Multiexistências... Reencarnações... Neste momento, importam menos para mim as definições e discussões a respeito! As informações que trago nos genes já são suficientes para a pesquisa de toda esta vida, resultado de um conjunto de histórias da minha ancestralidade.
E a pesquisa não é um fim em si mesma. É apenas companheira de caminho.
E a pesquisa não é um fim em si mesma. É apenas companheira de caminho.
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