Tela de Monica Santana |
Neste processo de descobrir as travas que me impedem de amar, o cérebro dos intestinos chamou a atenção para si, materializando um tumor. A viagem por áreas esquecidas, não investigadas, mostrou a manutenção dos hábitos perpetuando comportamentos descartados pelo pensamento.
Na sequência, como num ato de despertar, o coração também se fez presente, respondendo à chamada. Defino, agora, este cérebro, como uma resistência passiva - inquebrantável, mas receptiva. Receptivo, porém altamente consciente de sua própria natureza. Reconhece seu tempo e seu espaço no infinito, o momento de sua caminhada, de seu vôo. Nele, sinto que Deus permanece. Aguardando.
Meu campo se abre conforme a respiração se amplia no peito, que arde, na sensação de hiperventilação. As moléculas se chocam, eufóricas, produzindo pontos de luz através dos quais visualizo o caminho, no qual apenas caminho.
Uma imagem se forma na mente: pessoas conhecidas e desconhecidas estendem as mãos umas para as outras, para formar uma grande roda.
Sinto o calor e a vibração dos corações através das mãos que me tocam, mas intuo que está por se formar algo muito maior, mais forte, com a energia de todos juntos, numa corrente contínua.
Unidos.
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